quinta-feira, 23 de abril de 2009

bom dia

o quarto de lys e fadel

falei dos vasos que cairam dos apartamentos

sabia que a parada do onibus não saia do lugar

porque o ceu de bage e petrolina são diferentes

e a verdade não era minha

falei das casas

falei dos nossos costumes

desisti de não tentar

ouvi voce falar das pracas

e senti tremula quando falava da sua terra

entao

senti que era hora

de falar do meu quarto

dos retratos

das poesias

da maneira que eu chamava o lugar dos computadores

mas não era isso que queria

sinto uma tristeza incomun

lembro das vezes que olhei pra o teto na cama pensando em voce

daí dizeste

do dia que mandou a mgs

da vez que caiu da escada

pra pegar a carta embaixo da porta

sentado sobre as maos

observando o novo horizonte que nascia

ela sentia o cheiro da carta

as manchas da caneta tinteiro dizendo que sentia dor de estar longe

ela repulsava e não acreditava no que estava lendo

ele batia na porta

ela não via

ele batia na porta

disso dependesse do quarto dela

tao claro

seu ritual de trocar de blusa nunca fazia

chorava por nada

enquanto ele batia na porta

sentia algo que nunca sentiu

via no cinema

na rua

nos livros

aquilo que lhe dava

medo

e no comeco desconfianca

lhe comia por dentro

como uma cancao que não parava de tocar

a nossa cancao

a nossa

e nos finais de contos de fadas sempre terminam com final feliz

não era contos,ela dizia

curiosamente passava ao longe um anjo abencoado os dois

e vale a pena viver cada minuto contigo minha guria

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