quarta-feira, 6 de maio de 2009

Coro das espécies raras

Vamos dar as mãos em volta das florestas
E não em volta da urcamp
Deixar os pés em cima da mesa
Chuveiro de boas intenções
Camisa de forca
De sementes, de luzes a meia noite, de cigarros apagados em beira da estrada, queimando tudo e dando luz ate porto alegre.

Vamos trocar um beijo em cima do dom Diogo
Cara de mau quando sua mãe chegar
Desbotado jeans na presença do padre na hora da junção
Tiroteios de palavras
Quando chegarem as crianças
Mudar o mundo
Acalmar até a hora do chá dos cincos

Vamos mudar de assunto
Pegar os pincéis
Desenhar seus cabelos ao vento
Nua
Em proporção 10 por 15
Vamos conseguir
Escapar da mesmice história do jornal
Vamos lá
Atravessar o trem fantasma
Nunca vi ágape de perto

Vamos tirar o pendrive do computador
Quem chega
Banca o dono do motel
Deslizar sobre o tapete
Namorar a luz de velas
Bancar o jogo
Mesmo que seja um blefe

Vamos afrouxar a gravata
Governo federal
Não sabe oque fazemos
Nem importa

Escapando do seu ônibus
Navegando em outro mar
Sentar em um sofá que afunda
Pode ser cansativo
A tempestade que se foi
Era da cor dos seus olhos
Vamos dedilhar versos em Aceguá
Pose de caubói
Pus suas roupas na mochila
Duvido que você tenha esquecido o protetor solar
Falando de outros homens
Disfarça sua comprovação
De
Olhar meus versos
E tudo tem razão na cama
Corpo em pilatos, forca e velocidade.
Solidão hoje me aquece
Solidão
Hoje até me aquece mais que suas palavras
Depois
Que perdi
Você
Descobri que era tudo mentira
Profana
Eu perdi a direção
Porque teu link não leva a lugar algum

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